O tambor é tido como instrumento sagrado nos rituais da Umbanda e dos cultos afrobrasileiros. É por meio do seu toque que se estabelece a comunicação com os orixás, caboclos e pretos velhos.
Quando se diz “vai ter tambor”, “ser do tambor” ou “bater tambor” significa que vai ter ritual, festa e pertencer a uma religião afro-brasileira. As orquestras rituais Mina-Nagô, como é conhecida a Mina Paraense, são comandadas pelos Abatazeiros, Tamboreiros ou Alagbês.
Os tambores, em particular, são essenciais para os toques (ritmos) que invocam e agradam as entidades espirituais. Cada orixá tem ritmos e cantos específicos que são tocados em sua homenagem, e os tambores são afinados e tocados de acordo com esses padrões.
O cargo de Ogã, aquele que toca o atabaque — instrumento tradicional afro-brasileiro das giras de umbanda — , é notadamente masculino devido à energia envolvida para o toque e ao formato fálico do instrumento, segundo a musicista Christiane Nascimento, de 35 anos.
Alabê ou Ogã: iniciados no Candomblé, Batuque de Nação e Umbanda, preparados para tocar os tambores e atabaques. Babalorixás e Yalorixás: são pessoas que ao realizarem os ritos, obrigações e sacrifícios durante sua caminhada religiosa e espiritual são im-poderadas por outros Pai e Mãe de Santo como Sacerdote.
Aula 1 de tambor Umbanda e Quimbanda Como tocar tambor facil, aula de toque de tambor parte 1
Porque batem tambor?
Por isso eles podem ser usados em celebrações, festivais e até em ritos religiosos. Além disso, ele tem um papel essencial na promoção da diversidade cultural entre as pessoas. É comum que os indivíduos se reúnam para tocar tambor e dançar juntos. E isso independe da origem, religião e etc.
O alujá de Xangô é vigoroso e se caracteriza pelo constante dobrar do rum, o maior dos tambores, como a simbolizar os trovões que o grande orixá comanda.
O ogã tem que gostar do que faz, pois não é só pegar um atabaque e repicar o couro, pois ao tocar, o ogã entra em contato direto com a entidade, invocando-a no corpo do medium ao cantar.
Qual é o nome do espírito que mora dentro do atabaque?
Em algumas tradições religiosas afro-brasileiras, o termo "Ayangalu" pode ser utilizado para descrever o espírito que é invocado durante a cerimônia de toque do atabaque. Em outras palavras, é uma entidade espiritual que é chamada para habitar dentro do atabaque durante a cerimônia religiosa.
Já nos atabaques, além de saudar o chão pedindo seu axé, tocamos três vezes com as costas das mãos na beirada de cada um dos atabaques pedindo saúde, paz e prosperidade, para em seguida tocarmos nossa testa também três vezes com a ponta dos dedos das duas mãos, dizendo: por Olorum, por Oxalá e por Ifá.
Os tambores são utilizados em todos os tipos de música, como instrumentos rítmicos, contribuindo para a marcação do tempo da música. Cada cultura e gênero musical, no entanto, utiliza um conjunto diferente de tambores, que servem para definir sua personalidade rítmica.
As vibrações da pele e do corpo do tambor produzem o som que é transmitido por ondas longitudinais. Em alguns tipos de tambor pode-se alterar a freqüência do som variando-se a tensão da pele. Sopro: Nos instrumentos de corda, os músicos fazem vibrar as cordas produzindo o som que chega a nossos ouvidos através do ar.
Atabaque (do árabe "al-Tabaq": "prato") é um instrumento musical de percussão africano da família dos membranofones percutidos. É usualmente tocado em rituais religiosos afro-brasileiros como o candomblé e umbanda, empregado para convocar as entidades (orixás, inquices e voduns).
A presença do instrumento tambor nos rituais das religiões afro-brasileiras umbanda e candomblé é tema um documentário produzido pela Universidade Estadual de Montes Claros, por intermédio do Programa de Educação Tutorial em Ciências da Religião (PET – CRE).
Os atabaques do candomblé só podem ser tocados pelo Alabê (nação Queto), Xicarangoma (nações Angola e Congo) e Runtó (nação Jeje) que é o responsável pelo rum (o atabaque maior), e pelos ogãs nos atabaques menores sob o seu comando, é o Alabê que começa o toque e é através do seu desempenho no rum que o Orixá vai ...
Olha, o atabaque é um tambor em forma de barril que chegou no Brasil muito tempo atrás, junto com povos africanos que foram trazidos pra cá. A peça era bem popular nas preces espirituais, porque acreditavam que os batuques ajudavam a ficar perto dos deuses, guias e de outras figuras poderosas.
No candomblé, acredita-se que a mulher não pode ser ogã e não deve tocar atabaque. Entendem que a energia masculina é a mais apropriada para a invocação dos orixás e entidades, utilizando uma justificativa essencialmente energética.
✊🏾 Ser suspenso como Ogã é uma grande responsabilidade, que precisa depois ser confirmada pelo orixá. Após essa confirmação, o escolhido passa a ser uma autoridade na religião do candomblé. ✊🏾 Diferente de outros cargos da religião da matriz africana, o Ogã não incorpora as entidades.
No culto do Candomblé, os orixás incorporam nos participantes do culto através da invocação, o ambiente é bem sonoro, com fiéis cantando músicas da religião. Para os umbandistas, os espíritos são pessoas que já faleceram e voltam à terra para praticar o bem e a caridade.
Instrumento é considerado sagrado nos rituais de cultos afrobrasileiros. O tambor é tido como instrumento sagrado nos rituais da Umbanda e dos cultos afrobrasileiros. É por meio do seu toque que se estabelece a comunicação com os orixás, caboclos e pretos velhos.
O Alagbê, Ogan que toca o atabaque e entoa os cânticos rituais, também carrega a responsabilidade pela manutenção e conservação dos instrumentos, que dentro do culto são muito mais que meros objetos musicais, mas ferramentas mágicas, de valor e função ritualística.