As razões para este aumento na prevalência não são totalmente compreendidas e provavelmente complexas. Alguns possíveis fatores que foram propostos incluem uma melhor sensibilização e rastreio do autismo, mudanças nos critérios de diagnóstico e fatores ambientais ou genéticos.
Fatores ambientais, como idade avançada dos pais, também podem contribuir para uma variação no número de pessoas com TEA. Em 2000, os Estados Unidos registraram um caso de autismo a cada 150 crianças observadas. Em 2020, houve um salto gigantesco: um caso do transtorno a cada 36 crianças.
Por que tantas crianças estão nascendo com autismo?
Segundo a psicóloga, cerca de 20% dos casos de autismo têm origem genética e os outros 80% são multifatoriais e epigenéticas, anteriores ao nascimento da criança. Outro mito associado ao tema é a relação de pouco afeto entre os genitores, especialmente da mãe para a criança, algo que foi descartado pela ciência.
Cientistas acreditam ter descoberto o que poderia estar na raiz do autismo – e não são as vacinas ou outras ocorrências infundadas que circulam muitas vezes na internet. De acordo com um novo estudo, o autismo deve estar ligado ao fato de uma pessoa nascer com conexões cerebrais em excesso, as chamadas sinapses.
A exposição a toxinas ambientais como pesticidas, consumo de certos medicamentos durante a gravidez (como antiepilépticos e antidepressivos, por exemplo), certas infecções maternas durante a gravidez e consumo de álcool durante a gestação também podem ser outras razões pelas quais temos maiores incidências de bebês ...
Por que os diagnósticos de autismo estão crescendo tanto?
É possível prevenir o autismo?
Como não há causa, também não existe uma forma de prevenção contra o autismo. O que se pode fazer é tentar identificar se a criança apresenta sintomas do TEA o quanto antes, para começar um tratamento o mais cedo possível.
Níveis altos de vitamina B12 também podem ser prejudiciais em grávidas, triplicando o risco de o feto desenvolver autismo, dizem os estudiosos. Se ambos os nutrientes — folato e vitamina B12 — estiverem em excesso, o risco de uma criança desenvolver a doença aumenta 17,6 vezes.
Entretanto, segundo um estudo publicado no jornal Nature Medicine, as crianças cujas mães usaram maconha durante a gestação estão em maior risco de autismo quando comparadas a crianças cujas mães não a consumiram.
Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. A interação entre esses fatores parecem estar relacionadas ao TEA, porém é importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais.
O que fazer para evitar que o bebê nasça com autismo?
Embora ainda haja muita incerteza sobre a causa exata do autismo na gravidez, estudos³ sugerem que uma dieta equilibrada e saudável, com ênfase em ácido fólico, pode ajudar a reduzir o risco de autismo. Além disso, evitar o consumo de álcool, tabaco e drogas durante a gravidez também pode ajudar.
Excesso de ácido fólico pode aumentar o risco de autismo no bebê? Um estudo recente, realizado por pesquisadores da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos EUA, indica que o excesso de vitamina B9 (ácido fólico), pode aumentar em duas vezes o risco de autismo nas crianças.
Outras situações e comportamentos durante gravidez também possuem influência para que uma criança nasça com autismo: fazer uso de antidepressivos; fumar; estar com sobrepeso no nível de obesidade; ter diabetes e pressão alta; sofrer com gripe ou febre prolongadas são alguns exemplos.
O aumento foi de 22% em relação à pesquisa anterior (elaborada em 2020), cuja proporção era de 1 para 54. Caso esses números sejam similares no Brasil, ( não há dados oficiais), seriam cerca de 4,84 milhões de pessoas com autismo no nosso país.
Os fatores ambientais associados ao autismo são a exposição a toxinas e medicamentos, infeções da mãe durante a gravidez, a idade dos pais e complicações no parto ou no período neonatal.
Entretanto, existem alguns estudos que podem nos ajudar a entender a prevalência do autismo entre irmãos. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Mind em 2011, foi constatado que irmãos mais novos de pessoas autistas têm 7 vezes mais probabilidade de também nascerem com o transtorno.
“Nossas descobertas sugerem uma associação entre o uso prolongado de acetaminofeno e um aumento no risco de autismo e TDAH”, disse Ilan Matok, principal autor do estudo, ao Daily Mail.
Segundo a pesquisa, publicada periódico cientifico Molecular Psychiatry, a idade avançada do pai, da mãe ou de ambos aumenta o risco de autismo. Os resultados mostraram que quando os pais têm mais de 50 anos, o risco de autismo da criança é 66% maior em relação aos filhos de pais com 20 anos.
O componente genético para o especto autista sempre está presente, no entanto, a prevenção para novos nascidos é possível apenas quando este fator genético é o único responsável pelo disturbio e pode ser detectado por um teste de diagnóstico.
O que faz o feto aumentar as chances de ter autismo?
A literatura científica também já deu indícios de que o ambiente a que a mãe foi exposta durante a gestação (contato com poluição e metais pesados, uso de drogas, ganho de peso e presença de doenças como diabetes) pode elevar as chances de o bebê ter autismo.
Quais medicamentos na gravidez pode causar autismo?
Quais medicamentos podem estar associados ao autismo na gravidez? Alguns medicamentos, como o ácido valproico, usado para tratar epilepsia e transtornos do humor, têm associação com um risco elevado de TEA quando tomados durante a gravidez.
Genética pode ser responsável por 50% da chance de uma pessoa ser autista, diz estudo. Esse estudo concluiu que o risco individual de TEA cresceu com o aumento da relação genética, tendo uma herdabilidade em, aproximadamente, 50%.
A presença de anomalias fetais no sistema urinário, coração, cérebro e em outros órgãos, detectada por ultrassonografia pré-natal, pode sinalizar diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA), sugere nova pesquisa.
As descobertas confirmam os resultados de um grande estudo de 2017 com irmãos gêmeos e não gêmeos na Suécia, que sugeriu que cerca de 83% do risco de autismo é herdado. Um outro estudo, de 2010, também na Suécia e também em gêmeos, relatou que esses fatores contribuem para cerca de 80% do risco de autismo.