“Ele implode porque o casco está cheio de ar. O ar é muito compressível, ao contrário da água, que é pouco. Então toda a pressão da água envolta do casco – imagina uma coluna de água de 4 km sobre esse casco – exercendo pressão por todos os lados”, avaliou. “Quando teve a falha, a tendência foi que pressionasse o ar.
A principal hipótese, ainda de acordo com a Guarda Costeira, é a de que a embarcação implodiu por uma falha técnica causada por erro ou negligência que fez com que o submarino cedesse à imensa pressão no fundo do mar, gerando uma implosão imediata e total.
Apesar das investigações sobre as causas da tragédia ainda não terem sido concluídas – e se manterem adiadas por tempo indeterminado –, investigadores já sabem que a implosão foi provavelmente causada por uma falha no submarino em lidar com a pressão um nível tão profundo do mar.
O que é uma 'implosão' e o que acontece quando um submarino implode? A principal hipótese das autoridades é que o submarino tenha implodido. Isso ocorre quando uma pressão externa é tão forte que rompe a resistência de uma estrutura e faz com que ela colapse de fora para dentro.
Uma implosão é basicamente o oposto de uma explosão. Em vez de a pressão se mover de dentro para fora, ela entra. Mas, assim como seria numa explosão, é improvável que reste muito da embarcação e do que estava dentro dela após o acontecimento. Logo, os corpos foram destruídos pela alta pressão.
O SUBMARINO TITAN IMPLODIU OU EXPLODIU? ENTENDA A DIFERENÇA
Como fica o corpo humano implodido?
Ao contrário de uma explosão, na implosão a pressão se move de fora para dentro. Logo, é improvável que se mantenha preservada a estrutura da embarcação ou o que estava dentro. Com isso, especialistas afirmam que os corpos foram destruídos pela alta pressão.
Os corpos foram encontrados entre os destroços após testes de DNA confirmarem a identidade das vítimas, porém não houve resgate dos mesmos devido à dificuldade causada pela força da implosão. A investigação do caso ainda está em andamento pela Guarda Costeira dos Estados Unidos.
Então, por que o Titan implodiu, mas o Titanic não? Na verdade, algumas partes realmente implodiram, como a popa do navio, a cerca de 60 metros abaixo da superfície. Enquanto isso, algumas partes não implodiram porque o ar foi liberado de dentro, fazendo com que a pressão fosse igual no exterior e no interior.
Investigações indicaram que o submarino rachou gradualmente, conforme foi afundando. O processo começou quando ele estava em uma profundidade de 300 a 500 metros. A estrutura do veículo é feita para suportar a pressão da água até afundar 200 metros. Depois disso, ele corria o risco de colapsar.
Em uma implosão, há o colapso rápido do casco do submarino, o que pode resultar em danos graves ou na destruição total da embarcação. Os tripulantes estão sujeitos a sofrer lesões sérias devido ao impacto, esmagamento ou ferimentos causados pelos destroços resultantes desse processo.
Quantas vezes o submarino Titan foi até o Titanic?
O submersível Titan, que implodiu no mês passado após desaparecer no Oceano Atlântico, só atingiu a profundidade dos destroços do Titanic em cerca de 13 dos 90 mergulhos, de acordo com o termo de responsabilidade da empresa que os passageiros tiveram que assinar antes de embarcar.
O que é uma 'implosão' e o que acontece quando um submarino implode? Os escombros encontrados no fundo do oceano levaram autoridades a afirmar que o submarino Titan implodiu, causando a morte dos cinco passageiros que iriam até o local do naufrágio do Titanic.
"Quando submerge e emerge, [o submarino] vai acumulando danos. Não é porque fez a missão uma vez que é seguro. Fazer a missão uma vez significa que ele estava bem dimensionado, mas vai acumulando amassados e trincas, o que pode levar a uma falha estrutural", afirma Thiago.
Geralmente, submersíveis que vão até águas profundas são de titânio, o Titan da OceanGate era de fibra de carbono. Baseado nessas análises, as escolhas no design e materiais do submarino podem ter contribuído diretamente para o acidente.
O que acontece com o corpo na implosão do submarino?
A partir de 30 metros de profundidade, há a necessidade de um suporte respiratório específico que mistura oxigênio diluído em gás hélio. Quando ele não funciona adequadamente, o aumento do nitrogênio provoca sintomas semelhantes à intoxicação por álcool, como problemas no raciocínio, desorientação, e até mesmo euforia.
“Ele implode porque o casco está cheio de ar. O ar é muito compressível, ao contrário da água, que é pouco. Então toda a pressão da água envolta do casco – imagina uma coluna de água de 4 km sobre esse casco – exercendo pressão por todos os lados”, avaliou.
O número de botes salva-vidas do Titanic era insuficiente – para evitar que eles supostamente abarrotassem o convés, prejudicando a visão dos passageiros. Já o Titan usou fibra de carbono para que mais pessoas pudessem embarcar.
"Chamamos de implosão porque a pressão interna era menor que a externa", ressaltou o técnico da Unesp. Demilson propôs o seguinte cenário: o submarino foi fechado na superfície do mar com pressão interna de 1 atm e, a 3,8 km de profundidade, encontrou pressão de 380 atm.
O submarino pode ter passado dias no fundo do mar, impactado por uma pressão cada vez maior conforme a profundidade foi aumentando, o que tornou sua estrutura vulnerável até às batidas de socorro dos tripulantes no interior. — Qualquer rachadura [na estrutura] aumenta os riscos de uma implosão naquela profundidade.
Diferente de uma explosão, onde o movimento vai de dentro para fora, a implosão é marcada pelo colapso em direção ao seu centro, como se sofresse um movimento de compressão.
Mesmo após mais de 100 anos, nunca foram encontrados restos mortais no Titanic e não há uma única resposta para esse fato. O naufrágio do Titanic em 1912 é uma das tragédias mais conhecidas da história marítima.
Foram encontrados um cone que ia na frente do submarino, além de um pedaço da parte da frente e outro da parte de trás da cabine de pressão. As peças foram encontradas a cerca de 500 metros dos destroços do Titanic e estavam a uma profundidade de cerca de 4.000 metros.