Logun Edé é o orixá que rege a cantora Anitta, que divulga, há anos, sua devoção pela divindade e relação com o candomblé. Filha de santo do babalorixá Sérgio Pina, sacerdote de um terreiro em Nova Iguaçu, a cantora seguiu os passos do pai, Mauro Machado, e do irmão, Renan, que também são adeptos da religião.
O vídeo celebrará Logunedé, que é o orixá de cabeça da cantora. Não é a primeira vez que a estrela latina aborda o Candomblé como sua religião. No documentário “Anitta: Made in Honório” (Netflix, 2020), a brasileira atribui características da sua personalidade a ele.
Especula-se que Logunedé tenha origem na nação Efã, região situada na Nigéria, sendo assim o príncipe desta. Daí que a expressão "filho do príncipe", seja popular dentro de inúmeros terreiros de candomblé. Este orixá é jovial, possui grande beleza e tabus, tendo aversão pela cor marrom e vermelha.
Anitta é candomblecista e, mesmo com os constantes ataques contra sua religião, nunca escondeu sua fé Anitta segue o candomblé; 6 vezes em que a cantora falou sobre a religião.
Filha de santo do babalorixá Sérgio Pina, sacerdote de um terreiro em Nova Iguaçu, a cantora seguiu os passos do pai, Mauro Machado, e do irmão, Renan, que também são adeptos da religião. Há algumas semanas, Anitta fez uma publicação em homenagem ao orixá: "Eu sou Logun Edé.
Para representar a purificação feita no Candomblé, parte dos rituais de iniciação da religião, Anitta aparece tomando um banho de abô. Em outras palavras, um banho de ervas, que é realizado com água fria.
Mas afinal, o que é uma ekedi? Gracila Medeiros, ekedi em um terreiro de candomblé, explica que, dentro da religião, a palavra representa um cargo feminino, tido por mulheres que “não incorporam”, ou “entram em transe”, ou seja, não recebem um orixá, termo que abrange as divindades que compõem a religião.
Sabe-se que, na Nigéria e no Benim, mais de quatrocentas divindades eram cultuadas no total. No Brasil, contudo, a maior parte dos templos de candomblé reconhece em torno de 20 orixás diferentes, cada qual associado a um aspecto do mundo natural ou humano.
Já a mãe de Anitta, Miriam, é católica fervorosa e não tem ligação com o candomblé. Ela, aliás, faz homenagens para algumas divindades da sua religião e mostra visita a lugares sagradas para o catolicismo, como em Fátima, em Portugal, e em Aparecida (SP).
O mais novo trabalho da cantora deve homenagear o candomblé, religião da qual Anitta é adepta. "Laroyê Exu tirando dos meus caminhos tudo o que já não me serve mais" publicou a cantora. "Nessa minha nova fase escolhi qualidade e não quantidade." Laroyê é uma saudação a Exu, orixá mensageiro dos caminhos abertos.
Ekedi é um cargo feminino, de mulheres que não entram em transe, ou seja, não incorporam os Orixás. Elas são escolhidas especialmente pelos Orixás e recebem a função de cuidar.
No Candomblé, o Deus supremo é chamado de Olorun, Nzambi ou Olodumare. Representa o todo, é a natureza completa, que se divide em diversas divindades, responsáveis pelas diferentes energias da natureza.
O Candomblé é uma religião de matriz africana que cultua os orixás. O termo candomblé vem da junção das palavras quimbundo candombe (dança com atabaques) + iorubá ilê (casa), que significa casa da dança com atabaques. Decorrida do animismo africano, a religião tem por base a alma da Natureza.
A Umbanda tem influência africana, cristã, indígena e espírita. Também tem a crença nos orixás, espíritos iluminados e suas energias. Diferente do Candomblé que tem a cultura africana muito mais forte. Além disso, os umbandistas trabalham com a incorporação de índios, caboclos e pretos velhos nos atendimentos, tá?
"Eu sou Logun Edé. O grande príncipe herdeiro da raça dos meus pais! Tenho a sensibilidade e a inteligência de minha mãe e a bravura e a esperteza de meu pai.
A ekedi é aquela que cuida do orixá enquanto ele está incorporado, é aquela que toma conta, que dirige tudo, que toma direção de tudo, então ela tem que ser uma pessoa de extrema confiança. Cada uma tem o seu lugar específico.