Qual era o pensamento de Lévi-Strauss sobre a cultura?
Segundo o conceito estruturalista, a cultura é composta por sistemas estruturais. Para Levi-Strauss, seu maior representante, o pensamento humano age de acordo com princípios universais e com regras inconscientes que estruturam as culturas.
Claude Lévi-Strauss cunhou o conceito de pensamento selvagem (não o pensamento dos selvagens, como somos frequentemente lembrados), um tipo de pensamento “indomado”, mantido vivo no mundo ocidental moderno dentro das “reservas naturais” da arte, como ele diria.
Uma tal profissão de fé é idealista apenas em aparência, pois desde As estruturas elementares do parentesco, e ao longo de toda a sua obra, Lévi-Strauss se diz convencido de que as leis do pensamento não diferem das que ocorrem no mundo físico e na realidade social que não é senão, ela mesma, um de seus aspectos.
Quem foi Lévi-Strauss e seu papel para a antropologia cultural?
Claude Lévi-Strauss(1908-2009) foi um grande antropólogo, etnólogo e professor francês. Formado em direito e filosofia na França e produtor de uma vasta obra, Lévi-Strauss foi o criador da antropologia estrutural e um dos maiores pensadores do século XX.
O etnocentrismo é a visão preconceituosa e unilateralmente formada sobre outros povos, culturas, religiões e etnias. Esse conceito refere-se, portanto, ao hábito de julgar inferior uma cultura diferente da sua própria cultura, considerando absurdo tudo que dela deriva e considerando a sua como a única correta.
Segundo o conceito estruturalista, a cultura é composta por sistemas estruturais. Para Levi-Strauss, seu maior representante, o pensamento humano age de acordo com princípios universais e com regras inconscientes que estruturam as culturas.
Por outro lado, Lévi-Strauss também não pode deixar de notar a diversidade das formas culturais humanas. Diversidade esta que só faz sentido na relação entre elas, uma vez que se não se relacionassem, não haveria nem mesmo a percepção da diversidade. Neste sentido, as culturas não são em si, mas sim em relação à.
Lévi-Strauss (2008) vê o etnocentrismo como uma das atitudes mais antigas do homem, pois ela estaria assentada em fundamentos psicológicos sólidos que constantemente reaparecem em todos nós quando somos colocados numa situação que nos causa medo e assombro.
A comissão liderada por Strauss tentou inicialmente esconder os efeitos desta contaminação e ele próprio várias vezes minimizou a situação. Ele também se opôs a qualquer tentativa de parar os testes nucleares ou de proibir pesquisas com energia nuclear de forma a evitar a sua proliferação.
Strauss baseou-se na tese de que há uma estrutura sociológica que permeia as formações sociais. Para que a antropologia lograsse êxito, ela precisaria compreender essa estrutura, que poderia ser entendida com o aprofundamento em culturas diferentes por meio do trabalho de campo.
Foi Lévi-Strauss quem mostrou que as sociedades podiam andar por caminhos diferentes. Por isso, diz a antropóloga Dorothea Passeti, o encontro com os índios foi decisivo. "Provoca nele uma defesa que ele vai levar até o resto da vida dele pela diversidade cultural, pela necessidade da existência de povos diferentes.
Em um de seus posfácios ao livro Antropologia estrutural, Lévi-Strauss postula que, para o etnólogo, toda sociedade engloba um conjunto de estruturas que correspondem a diferentes tipos de ordem social, como parentesco, organização social e estratificação econômica 13.
Qual o conceito de antropologia para Lévi-Strauss?
Diferentemente da antropologia cultural de Boaz, a antropologia estrutural de Lévi-Strauss está interessada em saber como os elementos desses sistemas convergem, e não nos seus valores intrínsecos (religião, política, etnia) que fazem parte da formação cultural de um ser humano dentro da sociedade a qual está inserido.
O autor se vale do seguinte argumento: os objetos são utilizados de maneira diversificada pelas diferentes civilizações. Para Lévi-Strauss, o progresso é um jogo e a história humana é o resultado das apostas dos vários jogadores (que são as diversas culturas). Esse jogo somente ocorre se houver a diversificação.
Considerado o fundador da Antropologia Estruturalista, seu trabalho contribuiu decisivamente para temas como a teoria das estruturas elementares do parentesco, os processos mentais do conhecimento humano e a estrutura dos mitos.
A definição de cultura deste pensador é a de que esta é um sistema de comunicação simbólica, a ser estudada de forma minuciosa e crítica, tal e qual como os romances, os filmes e os próprios discursos políticos são analisados.
Qual a contribuição de Strauss para a antropologia?
"Lévi-Strauss foi um dos maiores antropólogos de todos os tempos. Suas contribuições, especialmente depois que publicou As Formas Elementares do Parentesco, revolucionaram a antropologia contemporânea. A partir de então, a corrente chamada 'estruturalista' passou a exercer enorme influência em todas as universidades.
Cultura é um conceito amplo, existem vários tipos de definições. A palavra etnocentrismo é um conceito que vem dos radicais “etno” (etnia) e “centrismo” (centro), portanto, etnocentrismo é o ato de julgar a cultura do outro baseado na sua própria crenças, moral, leis, costumes e hábitos.
Define-se cultura como uma propriedade humana ímpar, baseada em uma forma simbólica, 'relacionada ao tempo', de comunicação, vida social, e a qualidade cumulativa de interação humana, permitindo que as ideias, a tecnologia e a cultura material se "empilhem" no interior dos grupos humanos.
Trata-se da capacidade dos seres humanos de raciocinar, interpretar e questionar. Assim, a criação de símbolos e significados, originando e mudando a cultura pode ser pensada como forma de alcançar a plenitude humana.
Qual a distinção que Lévi-Strauss faz entre raça e cultura?
Existem muito mais culturas humanas do que raças humanas, pois que enquanto umas se contam por milhares, as outras contam-se pelas unidades; duas culturas elaboradas por homens pertencentes a uma mesma raça podem diferir tanto ou mais que duas culturas provenientes de grupos racialmente afastados.
O estruturalismo procura captar os fenômenos humanos aquém da consciência que deles se tem, escolhendo como terrenos de estudos privilegiados as ordens de fatos muito insignificantes e desprovidas de implicações práticas (Lévi-Strauss, 1971). As estruturas são modelos de explicação (formas ontológicas).