São três os cargos da cozinha: iabassê, a mãe da cozinha e senhora de toda a cozinha; a Iacinjé (Iyasinje) é a cozinheira; e a Iajemim (Iyajemin) é quem armazena e distribui a comida. A dedicação e respeito que a iabassê deposita em seu ofício de sacerdotisa faz a diferença em muitas casas de axé.
"Ser cozinheiro era um trabalho destinado a criados e servos." E foi por causa dessa atuação como cozinheiro que, por tradição, muitos católicos passaram a colocar uma imagem do santo negro na cozinha.
Omolocum - comida ritual da Orixá Oxum, é feito com feijão fradinho cozido, refogado com cebola ralada, pó de camarão defumado, sal, azeite de dendê ou azeite doce.
Diante da importância deste espaço no terreiro, um papel importante neste processo de preparo das oferendas e também fundamental dentro da estrutura do candomblé está relacionado à pessoa que irá assumir a cozinha. Trata-se da Iabassê, a “senhora da cozinha”.
E a feijoada das casas vai para os terreiros de candomblé, e se torna uma tradição afro-baiana que, segundo as histórias orais, nasce do hábito do oferecimento da feijoada de feijão preto enquanto uma comida consagrada ao orixá Ogum.
Pastafarianismo (ou Igreja do Monstro do Espaguete Voador), termo oriundo de uma amálgama das palavras "pasta" [termo italiano para massas, como o macarrão] e "rastafari" [movimento religioso jamaicano], é uma pseudorreligião com origem satírica fundada por Bobby Henderson em 2005.
Pode ser feito com camarão ou galinha, substituindo-se a mostarda por quiabo, dependendo do orixá a que é oferecido. Caso se coloque repolho, torna-se prato de egum. Tradicionalmente, por um castigo que recebeu de Oxalá, o pai de todos os orixás, Xangô Aganju, o moço, recebe o amalá numa gamela.
No Candomblé, religião oriunda da cultura iorubá, sua tradição é transmitida oralmente. Os candomblecistas cultuam seus orixás com oferendas que podem ser em forma de alimentos sagrados para as divindades da religião.
De acordo com o Feng Shui, a cozinha é considerada um ambiente sagrado. Na sabedoria oriental, a cozinha alimenta a força energética que ativa a riqueza e a prosperidade de um lar. Em resumo, a cozinha representa nossa riqueza, nossa saúde e o bem-estar de nossa família.
Um terceiro exemplo emblemático é a comida oferecida a Oxum, uma orixá cuja história faz referência à fertilidade. Por consequência, suas oferendas remetem à fecundação e um dos alimentos mais explorados para esse fim é o ovo.
Uma bandeja oferecida a dois Orixás: a esquerda, uma costela de rês assada com 7 ripas coberta com farofa feita do caldo do assado, dois ovos cozidos, um tomate, uma laranja cortada em quatro partes, ofertada ao Orixá Xangô.
Um de seus preparos mais populares é a feijoada, receita que o feijão com carnes salgadas e defumadas de porco, embutidos e temperos, estando presente em almoços cotidianos ou celebrações. Dentro dos terreiros de candomblé, o prato é consagrado ao Orixá Ogum, também conhecido por São Jorge, no sincretismo católico.
No mundo dos orixás, cada divindade, com exceção de Ogum e Xangô, cedeu a sua comida para essa festa: Exu cedeu o padê, feito com cebola, camarão e farinha de mandioca; Oxóssi cedeu o axoxô, comida preparada com milho enfeitado com côco; Ossaim cedeu sua comida feita com milho de galinha misturado com canjica branca; ...
Os filhos de Xangô são conhecidos por terem um afinado senso de justiça. Como oferenda ao orixá, seus fiéis lhe oferecem cerveja preta, fumo, flores, entre outros.
Quando falamos em São Cosme e São Damião lembramos, na hora, da tradição de distribuir doces para as crianças no dia 27 de setembro. Na família da jornalista Aline Monteiro, isso acontece há muitos anos.