O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 275,1 milhões para a reforma e modernização do Estádio José Pinheiro Borda, o Complexo Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).
A arena mais cara do Mundial recebeu recursos apenas do poder público local - por meio da Terracap (agência imobiliária pública controlada pelo Distrito Federal e pela União). O custo de todas as obras relacionadas com o Mundial superou os 27 bilhões de reais.
Apesar disso, o Sport Club Internacional continua sendo o verdadeiro dono do Beira-Rio, pois detém a propriedade do terreno e das edificações do estádio. A Beira-Rio S.A. é apenas responsável pela gestão e manutenção do local, além de gerir o uso comercial do estádio, como a realização de eventos e shows.
Em 2019, após solicitação de explicação por parte de um conselheiro, o clube confirmou que o valor chegava a R$ 16,5 milhões. Depois, em 2021, houve nova pactuação, reduzindo o montante para cerca de R$ 12 milhões.
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Quem financiou a obra do Beira-Rio?
A SPE Holding Beira-Rio S/A (Brio) firmou dois contratos com o BNDES para financiamento da reforma do estádio que sediou cinco jogos da Copa do Mundo de 2014. Um tem valor de R$ 183,4 milhões (repassado em duas partes iguais por Banrisul e Banco do Brasil) e, o outro, de R$ 91,7 milhões.
Estádio colorado receberá os R$ 271,5 milhões para a modernização. Casa do Inter era a única que ainda não havia conseguido a linha de crédito. Enfim, saiu a aprovação do financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 271,5 milhões para a reforma do Beira-Rio.
Mas o Inter, em geral, bancou as contas sempre. Em 2019, após solicitação de explicação por parte de um conselheiro, o clube admitiu a existência da dívida, que estava em R$ 16,5 milhões.
Segundo informado pelo Ministério do Esporte no relatório final da Copa do Mundo de 2014, a reforma do Beira-Rio custou R$ 366,3 milhões, sendo o menor valor investido para um estádio daquele mundial. A obra foi realizada pelo Inter em parceria com a empresa Andrade Gutierrez.
“Quem for mais ágil, inteligente e capaz transformará a ameaça da globalização em oportunidade”, disse há 25 anos Roberto Argenta, fundador e presidente da Beira Rio. Tecnologia, marketing e “muito trabalho” eram os pilares que Argenta apontava como os investimentos principais da empresa.
Passados oito anos (a abertura foi em 12 de junho de 2014), é difícil calcular o investimento geral nas promessas da Copa, especialmente diante de falhas de transparência, segundo especialistas. Mas a estimativa é de R$ 31,2 bilhões, incluindo projetos de infraestrutura, serviços e suportes, entre outros.
O levantamento é referente ao ano de 2022. O Colorado soma R$ 865,7 milhões considerando valores que dizem respeito também ao Beira-Rio. Sem o estádio, o montante fica em R$ 633 milhões. O Grêmio, por sua vez, ocupa a 11ª colocação, com R$ 518,1 milhões.
O custo estimado é de R$ 600 milhões, pago pela 55% pelo OAS e 45% por empréstimo junto ao BNDES que será pago pela Arena do Grêmio, a OAS receberá 35% do lucro.
Os gastos operacionais da Arena Barueri, de cerca de R$ 190 mil, serão custeados integralmente pela Big Show, empresta constituída pela Crefipar, de Leila, para gerir o estádio. O montante envolve pagamento a bilheteiros, limpeza, manutenção, segurança, ambulância, entre outros.
A empresa devedora é a Brio, criada pela construtora Andrade Gutierrez (AG) para gerenciar parte do Gigante, cuja reforma custou R$ 390,77 milhões entre 2012 e 2014. Para amortizar a dívida, o SCI repassou à empresa R$ 26 milhões provenientes da venda do Estádio do Eucaliptos, além de R$ 8,4 milhões em dinheiro.
Entretanto, o terreno público foi doado ao Internacional em 1956 pelo então prefeito Leonel Brizola para a construção do futuro Complexo Beira-Rio na condição de ser usado somente com fins esportivos.
Em novembro de 2006, a Hype Studio Arquitetura foi solicitada pela Comissão de Obras do Internacional a apresentar um projeto de cobertura para o Beira-Rio - um sonho antigo do clube.