Sim, pessoas com TEA podem chegar à vida adulta, vivendo de maneira independente. Mas, tudo depende do grau do transtorno e de quanto a pessoa foi estimulada durante a vida. Como já diz o nome do transtorno, o autismo enquadra um espectro, ou seja, uma variedade de graus.
“Muitos dos meus pacientes, após alguns anos de intervenção, têm alta, ou como falamos, 'saem do Espectro'. A partir daí poderão ter vidas normais na idade adulta. Ter bons profissionais acompanhando a criança por algum tempo aumenta as chances da alta”, diz a profissional.
Além disso, os estudos apontam que a idade média com que uma pessoa diagnosticada com autismo morre é de apenas 36 anos, sendo que para a população em geral a expectativa de vida ultrapassa os 70 anos. Ou seja, pessoas com autismo vivem, em média, metade do tempo que a população em geral.
Um estudo recente do MIND Institute, ligado à Universidade da Califórnia, detectou que a gravidade dos sinais de autismo de uma criança pode mudar significativamente entre a idade de 3 e 11 anos. Ou seja, o estudo reforça que existem evidências de mudanças, e não exatamente piora.
O autismo nível 1, também conhecido com síndrome de Asperger, apresenta as mesmas características do autismo clássico, mas de uma forma um pouco mais leve. Os pacientes possuem dificuldade de comunicação, mas que não interfere nas relações sociais de forma tão explícita.
Crianças com autismo leve podem ter dificuldade em iniciar e manter conversas, muitas vezes usando frases que parecem desconexas ou fora de contexto. Elas podem utilizar palavras de maneira incorreta ou em situações inadequadas, o que pode confundir as pessoas que tentam entender essas crianças.
As pessoas que se enquadram no nível 1 de TEA, (desde o início de 2022 a Síndrome de Asperger se enquadra), podem ter dificuldades em situações sociais, comportamentos restritivos e repetitivos, mas requerem apenas um suporte mínimo para ajudá-las em suas atividades do dia a dia.
Primeiro, vamos entender: o TEA diminui a expectativa de vida da pessoa? Não há nada no transtorno que cause a diminuição da expectativa de vida por causas orgânicas, ou seja, por doenças do corpo. Entretanto, é comum que autistas sofram mais acidentes, o que pode diminuir a expectativa de vida.
ausência da reciprocidade emocional; dificuldades para dar início ou até mesmo manter uma conversa; presença de padrões repetitivos mediante comportamentos e interesses; rotinas inflexíveis.
Alimentos à base de farinha de trigo, leite e soja podem ter um efeito indesejado em muitas pessoas que possuem transtorno do espectro autista. Isso acontece por conta de uma deficiência enzimática que compromete a digestão completa das proteínas presentes nesses alimentos.
rigidez na rotina, ficando ansiosos e irritados quando precisam fazer atividades não planejadas; e. baixa tolerância a barulhos, ambientes agitados, a muita iluminação, assim como a contato visual prolongado e contato físico muito próximo.
Pessoas com autismo leve podem futuramente vir ter filhos com autismo? Existem cada vez mais pesquisas que evidenciam um caráter genético do Transtorno do Espectro Autista, sendo assim, é possível que pais com diagnóstico de autismo tenham filhos também dentro do espectro, mas não é certeza absoluta que isso ocorrerá.
Algumas pessoas autistas podem apresentar mais interesse em movimentos repetitivos. Por exemplo: elas gostam de acompanhar a rotação da máquina de lavar, das hélices do ventilador ou das rodas dos carros.
A resposta é direta: não. Não existe medicação para tratamento do autismo. Logo após essa resposta, a próxima pergunta geralmente é “então porque muitos autistas tomam remédio?” A medicação utilizada para pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é para as comorbidades que podem estar associadas.
Dito isso, a maneira como uma pessoa com autismo enxerga o mundo está conectado diretamente aos sentidos. Assim como é difícil lidar com as informações de um ambiente, existem diversas respostas neurológicas para organizar cada sensação de tato, olfato, visão, paladar e audição.
Qual a expectativa de vida de uma pessoa com autismo?
Em um dado chocante descoberto por essa pesquisa, temos que a taxa de mortalidade em pessoas com autismo aumentou 700% em 16 anos nos Estados Unidos. Além disso, a média de idade no momento da morte foi de 36 anos, muito mais jovens do que o resto da população em geral, referiu a pesquisa.
No caso de adultos, as crises podem se manifestar através da ansiedade em situações desconhecidas ou estressantes, principalmente durante momentos de socialização. Eles também podem ficar em silêncio, retraindo-se do mundo à sua volta.
Donald Gray Triplett, a primeira pessoa diagnosticada no mundo com sintomas de autismo, morreu aos 89 anos na última quinta-feira (15), de acordo com o Bank of Forest, onde ele trabalhava dese 1958.
“Não há uma idade fixa a partir da qual o autismo pode ser diagnosticado. Em casos de atrasos graves de desenvolvimento, algumas alterações podem ser vistas antes dos 12 meses de idade. Se os sintomas forem mais sutis, é mais comum serem observados a partir dos 24 meses”, explica a psiquiatra Erika Mendonça.
O presente revela ainda que as crianças autistas, escolarizadas pelos métodos comportamentais, perdem a chance de viver na escola a verdade de sua experiência, uma experiência peculiar e única. Perdem a chance de aprender a se dizer. Em relação ao futuro, afirma- se que são muitos os devires dos autistas.
A psicóloga Lívia Aureliano acrescenta ainda que algumas pesquisas no país, como na Universidade Presbiteriana Mackenzie, tem mostrado cientificamente fatores que podem contribuir para o crescimento nos casos de autismo, como poluição, fertilização in vitro e uso de algumas medicações.
Carreiras na área de tecnologia da informação são boas alternativas para pessoas com autismo. Isso porque elas costumam demandar habilidades lógicas e matemáticas e capacidade de concentração (que costumam ser pontos fortes relacionados ao TEA).
O tratamento intensivo e precoce, é essencial para melhorar a qualidade de vida de um autista. Se ele passar por um diagnóstico correto, se fizer uma intervenção baseada em evidências científicas quando criança, poderá ter uma vida saudável, uma vida melhor.
– Não sabem falar de maneira mais delicada e utilizam linguagem direta; – Quando tem certa obsessão por seguir regras, rotinas, detalhes sequenciais de tarefas; – Irritam-se facilmente quando as coisas saem da rotina; – Outros.