Por ter abrigado pessoas que haviam lutado naquele conflito, o Morro da Providência recebeu o apelido de "Morro da Favela". O nome tornou-se popular e, a partir da década de 1920, os morros cobertos por barracos e casebres passaram a ser chamados de favelas.
Com isso, os cortiços se popularizaram no Rio de Janeiro. Moradias precárias, que alojavam negros, nordestinos, prostitutas, capoeiras, mulatos. Enfim, tudo o que era considerado “descartável” na sociedade da época. Eram as favelas deles.
Originalmente, favela é uma planta. Ela é descrita nas primeiras páginas de Os Sertões. Nomeia local estratégico para o conflito, o Morro da Favela, assim chamado em referência a um arbusto de espinhos e flores brancas. As sementes parecem fava, daí “favela”, “faveleiro” ou “faveleira”.
O IBGE está substituindo a denominação dos “Aglomerados Subnormais”, adotada pelo instituto em seus censos e pesquisas desde 1991. A nova denominação, que foi discutida amplamente pelo instituto com movimentos sociais, comunidade acadêmica e diversos órgãos governamentais, será “Favelas e Comunidades Urbanas”.
A origem do termo "favela" encontra-se no episódio histórico conhecido por Guerra de Canudos. A cidadela de Canudos foi construída junto a alguns morros, entre eles o Morro da Favela, assim batizado em virtude da planta Cnidoscolus quercifolius (popularmente chamada de favela) que encobria a região.
A palavra surgiu para designar as construções irregulares e improvisadas no contexto da Guerra de Canudos (1896-1897), quando grupos de soldados improvisaram moradias em alguns locais, como no Morro da Favela, que tinha esse nome devido à abundância da planta Cnidoscolus quercifolius, chamada popularmente de “favela” ...
A situação de precariedade -pior do que a de muitas favelas do Brasil- retrata um domingo na Cañada Real Galiana, a menos de 15 km de Madri, na Espanha. Essa é a maior favela do continente europeu, onde vivem 44 mil pessoas, entre ciganos, espanhóis, romenos e marroquinos.
A origem do termo surgiu após a Guerra de Canudos, onde ficava o Morro da Favela original, graças a uma planta conhecida como faveleira, farta no local.
Muitas pessoas buscavam emprego em cidades industriais em expansão, e se estabeleceram em áreas sem infraestrutura. Essas áreas eram conhecidas como “cortiços” e abrigavam trabalhadores pobres e imigrantes. Com o tempo, essas áreas se tornaram favelas, símbolos da pobreza e exclusão social no país.
Os cortiços são um problema habitacional grave em diversos centros urbanos e não têm recebido a devida atenção dos órgãos públicos e da sociedade em geral. São espaços exíguos, aluguéis exorbitantes, situações de exploração e desrespeito ao locatário, insalubridade e insegurança nas instalações, entre outros.
A escolha do termo “favela” ou “comunidade” pode variar de acordo com o contexto e a região do Brasil. No entanto, é importante destacar que ambos os termos são utilizados para se referir à áreas urbanas caracterizadas por moradias precárias e condições socioeconômicas mais vulneráveis.
1 Área de povoamento urbano, formada por moradias populares, onde predominam pessoas socialmente desfavorecidas. Essa comunidade é o resultado de um processo histórico de exclusão social e de um modelo de má distribuição de renda. Em geral carece de saneamento básico. Muitas favelas já contam com urbanização.
Estudos com documentação da época revelam que, no começo de 1897, já existiriam 41 barracos no local. Fica difícil comprovar essa história porque o morro de Santo Antônio foi destruído para a construção do aterro do Flamengo, nas décadas de 1950 e 1960. A favela da Providência, por outro lado, existe até hoje.
Favelas e Comunidades Urbanas: por que mudança feita pelo IBGE é importante. O IBGE decidiu substituir a designação "Aglomerados Subnormais", utilizada pelo instituto em seus censos e pesquisas desde 1991. A mudança é um pedido antigo dos movimentos sociais.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) passará a usar a denominação favelas e comunidades urbanas nos censos em substituição à expressão aglomerados subnormais. O termo favela era usado historicamente pelo órgão desde 1950.
O instituto afirma que o complemento "comunidades urbanas" foi acrescentado porque, em muitos locais, o termo "favela" não é o mais utilizado – há, por exemplo, áreas chamadas de comunidades, quebradas, grotas, baixadas, alagados, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, loteamentos informais e vilas de malocas.
Geralmente, ela é definida como casas em condições precárias que se localizam em morros. Mas será mesmo essa a correta definição de favela? Na verdade, favela significa toda e qualquer ocupação irregular de terrenos públicos ou privados ou em áreas que não são recomendadas para a moradia (como os morros).
A partir dos resultados da pesquisa, concluímos que, de maneira maniqueísta e majoritária, a comunidade é concebida como o local da sociabilidade e da solidariedade, enquanto que a favela se apresenta como o lugar do caos urbano.