Seus biógrafos notam que, interessado pela boemia e pela corte, lutou para subir socialmente abastecendo-se de superioridade intelectual e da cultura da capital brasileira.
Machado de Assis foi o principal representante do realismo brasileiro. Ele é mais conhecido pelos livros de sua segunda fase, caracterizada, principalmente, pela crítica à idealização romântica.
O objetivo de Machado de Assis era manter a atenção de quem estava lendo a obra. Aqui, não há o sentimentalismo das obras românticas. Os personagens têm mais defeitos do que virtudes.
De forma sutil, mas não menos corrosiva, Machado de Assis empreendia sua crítica às atitudes, aos comportamentos, aos costumes e as estruturas sociais. Através da sátira, da ironia e da carnavalização, ele construía o seu enredo e revelava sua concepção do mundo.
Após descrever esses utensílios, o narrador, com a típica ironia machadiana, comenta: “Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada.” (ASSIS, 2008.
Qual a relação de Machado de Assis com a consciência negra?
É como se o Machado pudesse se assumir negro apenas em suas memórias póstumas, a bem da verdade. E isto tem tudo a ver com a ascensão do movimento negro. É por isso que, observa ela, o escritor aparece como negro justamente quando é "descoberto" pelos Estados Unidos, já nos anos 1960.
Qual escritor foi conhecido como poeta do escravo?
1847 – Nasce, a 14 de março, na fazenda Cabaceiras, próxima a Curralinho, Antônio Francisco de Castro Alves, filho do Dr. Antônio José Alves e D. Clélia Brasília da Silva Castro.
Machado não era pessoalmente um indivíduo religioso, embora não fosse um materialista. é certo que conhecia a doutrina e a Escritura cristã, quando jovem fora educado pelo Padre Silveira Saramento, de quem permaneceu amigo até a vida adulta.
Qual a curiosidade mais marcante de Machado de Assis?
A caligrafia indecifrável
Ficou imediatamente comprovado que a caligrafia do escritor era indecifrável, como é possível constatar no poema “O Almada”. A sua escrita era de tal modo ilegível, que o próprio poeta brasileiro tinha dificuldades em entendê-la.
Machado de Assis mergulhou no realismo, movimento literário que buscava retratar a realidade de forma crua e honesta. Inclusive, inaugurou a estética realista no Brasil, com o lançamento da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881).
Machado de Assis ocupa lugar único na literatura brasileira. Em sua época, foi algumas vezes criticado porque se dizia que não abordava as grandes questões sociais e nacionais.
Machado de Assis testemunhou a Abolição da Escravatura e a transição política do Brasil, com a proclamação da República em substituição ao Império, além de diversos eventos significativos no final do século XIX e início do século XX, sendo um notável comentador e relator dos acontecimentos político-sociais de sua época ...
Por ser um escritor que também era jornalista e cronista, sua visão da sociedade, a qual rotineiramente observava, influenciava muito o que abordava em suas obras: a sociedade burguesa carioca do século XIX.
Uma curiosidade: Machado de Assis foi apelidado pelos vizinhos de “Bruxo do Cosme Velho”, pois teria queimado cartas em um caldeirão em sua casa que ficava na Rua Cosme Velho.
Seu impacto não é à toa. Machado foi fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, além de ter escrito alguns dos maiores clássicos da literatura brasileira. E não se limitou aos romances: escreveu também poesia, contos, crônicas, peças de teatro, críticas literárias e ainda atuou como jornalista.
Machado de Assis faleceu na madrugada de 29 de setembro de 1908, cercado por Mario de Alencar, José Veríssimo, Euclides da Cunha, Coelho Neto, Raimundo Correia e Rodrigo Otávio, seus companheiros mais chegados. Consta como causa da sua morte uma lesão neoplásica em sua língua. Foi decretado luto oficial no país.
Comparado ao de Pascal, o mundo de Machado de Assis é um mundo sem começo, um mundo sem Paraíso. De onde uma insensibilidade incurável a todas as explicações que baseiem no pecado e na queda a ordem em que foram postas as coisas no mundo. Seu amoralismo tem raízes nessa insensibilidade fundamental.
“O humor irônico” é uma temática marcante na maioria dos contos machadianos, porque é por meio desse tipo de construção estilística que Machado tende a levar o leitor a construir interpretações contrárias, com características satíricas, às que esperava inicialmente e que resultam em várias leituras.
Castro Alves, ou Antônio Frederico Castro Alves, é um poeta romântico do século XIX. Nasceu em Muritiba, no estado da Bahia, em 1847, e morreu em Salvador, no ano de 1871. É conhecido como o “Poeta dos Escravos”, em função de suas poesias de cunho abolicionista.
Os poemas de ESPUMAS FLUTUANTES expressam a intensidade das emoções e as inquietações do autor diante das injustiças sociais e das desigualdades presentes na sociedade. Alves exalta a beleza da natureza, das mulheres e do amor, ao mesmo tempo em que denuncia a opressão e o sofrimento dos escravos.