A língua de sinais era proibida porque se acreditava que ela inibiria o uso da fala (São Paulo, 2007, p. 15). As escolas no Brasil historicamente têm excluído os surdos, oferecendo apenas a aquisição da linguagem oral e escrita nas salas de ensino regular.
De acordo com o texto inicial do PL 821, apresentado pelo deputado Capitão Assumção (PL), em 2019, as instituições de ensino da educação básica seriam obrigadas a incluir em seus currículos a disciplina de Língua Brasileira de Sinais (Libras). A escola que não cumprisse a determinação seria multada.
Quais são as dificuldades enfrentadas pelo ensino de Libras no Brasil?
Já segundo o professor e tradutor de libras Gabriel Sampaio, a principal dificuldade enfrentada pela comunidade surda é a falta de profissionais capacitados nas instituições públicas e privadas, além do pouco conhecimento sobre a identidade, a cultura surda e a língua de sinais.
Conclusão. A educação em Libras é mais do que uma ferramenta de comunicação – é um direito que proporciona igualdade de oportunidades para os surdos, permitindo-lhes viver com dignidade e participar plenamente de todos os aspectos da vida.
Atualmente, há 64 escolas bilíngues de surdos com 63.106 alunos surdos, surdo-cegos e com deficiência auditiva, de acordo com dados de 2020 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Saiba sobre a importância da Libras para a inclusão de surdos
Porque Libras não é ensinada nas escolas?
A língua de sinais era proibida porque se acreditava que ela inibiria o uso da fala (São Paulo, 2007, p. 15). As escolas no Brasil historicamente têm excluído os surdos, oferecendo apenas a aquisição da linguagem oral e escrita nas salas de ensino regular.
Entende-se como educação bilíngue aquela que tem a língua brasileira de sinais (Libras) como primeira língua e o português escrito como segunda. Oriundo do PL 4.909/2020, apresentado pelo senador Flávio Arns (Podemos-PR), o texto foi aprovado em maio pelo Senado e em 13 de julho pela Câmara.
Dessa forma, quanto mais pessoas souberem a Libras, maior é a capacidade de a população surda se comunicar, ser entendido e se expressar. Ou seja, saber a Língua Brasileira de Sinais é um exercício de acessibilidade e inclusão.
Seu objetivo é promover a comunicação e o acesso à informação das pessoas surdas, para que possam estar integradas à sociedade. Além disso, a Libras é um fator muito importante para a construção da cultura e identidade da comunidade surda brasileira.
O professor de Libras irá ensinar a Língua Brasileira de Sinais tanto para os alunos surdos, quanto para os ouvintes. Além de ensinar o idioma, ele também pode ensinar sobre a cultura surda e a história da língua.
No Brasil os surdos eram vistos ineducáveis, logo acabavam sendo excluídos, tendo seus direitos violados, não sendo respeitados, além de serem descriminados e tratados de maneira desumana, pelo simples fato de não conseguirem escutar assim como os ouvintes.
A aprendizagem de língua de sinais exige muita prática e contato com a comunidade surda, com o distanciamento social e falta de contato com pessoas surdas essa aprendizagem assim como a de qualquer língua, fica comprometida.
Em tempos de pandemia, a pessoa surda ainda lida com a dificuldade de comunicação pelo uso de máscara, uma vez que algumas pessoas surdas conseguem fazer leitura labial e estabelecer comunicação com não-surdos.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2021), entre os que têm alguma dificuldade auditiva, apenas 1,8% sabem usar a Libras, entre os que têm deficiência auditiva moderada, apenas 3%.
Apesar de citar Libras como a língua da comunidade surda, considerando seu status oficial e referindo todo o respeito às suas particularidades linguísticas, a BNCC não aprofunda e não traz mais nenhuma referência à educação de surdos.
A LIBRAS, por exemplo, tem origem na linguagem de sinais francesa, e possui expressões e regionalismos próprios do Brasil. Em 24 de abril de 2002, a Lei nº 10.436 foi sancionada a lei reconhecendo a LIBRAS como meio legal de comunicação e expressão no país.
O que faz um Intérprete de libras? O tradutor e intérprete de libras é responsável por ajudar na comunicação entre pessoas ouvintes e com deficiência auditiva, ou entre surdos, por meio da Língua Brasileira de Sinais e a língua oral corrente, o português.
O objetivo dessa disciplina é ampliar o conhecimento deles sobre a sociedade surda e promover a redução de barreiras de comunicação entre ouvintes e surdos. Também reduzir as dúvidas em relação ao sujeito surdo, promovendo a aproximação e acomunicação. O alunos participam e trocam idéias em Libras na sala de aula.
No Congresso Mundial de Professores de Alunos Surdos, realizado em Milão (Itália), em 1880, ficou estabelecido que o Método Oral (Oralismo) era o mais adequado na educação do surdo, sendo então proibido o uso da Língua de Sinais na Europa. Essa proibição se estendeu ao Brasil em 1881.
Para alguns alunos, aprender libras não será difícil, para outros, ele dependerá de maior esforço. Ao entender a motivação que te levou a buscar aprender libras e processar a importância que a fluência nesse idioma terá em sua vida, você consegue passar por todas as barreiras que estudar libras pode te oferecer.
O ensino da língua de sinais não deve começar antes dos seis meses, porque nessa fase os bebês ainda não conseguem memorizar de forma eficiente os gestos tampouco têm coordenação motora para realizá-los de forma adequada.
Você pode estudar libras por 6 meses e conseguir ter diálogos fluidos na maioria dos assuntos cotidianos, mas se você estudar por 6 anos, a sua fluência será muito melhor.
As variações existentes na Língua Brasileira de Sinais são significativas, pois apresentam consideráveis sinais diferentes de Estado para Estado. Assim como no português existe os sotaques, na LIBRAS também há variações, ou seja, sinais diferentes para a mesma palavra.
Quais países usam a Libras? A Libras é utilizada apenas no Brasil, sendo ela uma das formas mais comuns de comunicação entre as pessoas surdas do nosso país. Estima-se que ela é o principal meio de comunicação de cerca de 3 milhões de pessoas.