Na televisão brasileira, Glória se destacou por uma grande carreira de sucesso: realizou inúmeras reportagens por mais de 100 países, entrevistou as maiores celebridades da música e do cinema e fez história realizando a cobertura de eventos internacionais e até mesmo guerras.
Na década de 1970, em plena ditadura militar, Glória Maria, uma repórter negra, entrava ao vivo e em cores no Jornal Nacional. Começava ali uma história de coragem e de determinação que culminou, mais de 30 anos depois, com a participação dela na primeira transmissão em HD da TV brasileira, no ano de 2007.
1. Não tenha medo: Glória foi a primeira jornalista mulher a cobrir uma guerra e mostrou mais de 100 países em suas reportagens, ao longo de sua carreira. 2. Preocupe-se menos com os julgamentos: Glória nunca se casou e adotou 2 filhas.
Entre as conquistas que Glória colecionou, ela foi a primeira pessoa negra diante das câmeras no telejornalismo brasileiro, a primeira mulher a cobrir uma guerra —a das Malvinas, em 1982— e a primeira jornalista a entrar ao vivo no Jornal Nacional em cores, em 1977.
Em outra entrevista a Lu, em 2014, a jornalista defendia: "Que cada um faça aquilo que considera importante, seja o que for: namorar, casar, viajar, trabalhar, transar homem com homem, transar mulher como mulher Concretize o que você ache ser dar um passo – viver e deixar viver".
Além disso, Glória também foi uma figura influente e importante na história da mídia brasileira, sendo a primeira repórter negra do país. Ela quebrou barreiras e abriu caminhos para gerações futuras de jornalistas negros, sempre buscando amplificar a igualdade racial e combater o racismo em todas as suas formas.
Assim como muitas de nós mulheres, e principalmente mulheres negras, Glória Maria tem um histórico de ser a primeira. Ela foi a primeira repórter negra de destaque da TV brasileira, tendo feito a primeiríssima entrada ao vivo e em cores, na edição de 1977 do Jornal Nacional, e a primeira transmissão em HD em 2007.
Glória Maria trabalhou no Jornal Hoje, no RJTV e no Bom Dia Rio, todos programas jornalísticos da TV Globo. Fez a primeira reportagem do jornal da manhã local, há 40 anos, sobre corridas de rua, que viravam frequentes na época.
Gloria participou de todos os telejornais da Globo e inaugurou praticamente o estilo de reportagem participativa. Ela foi a primeira pessoa a fazer um voo-duplo no Brasil. Cobriu batalhas mundiais em tempos pacíficos também. Gostava de frescobol, de pilates, de correr.
“Em 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia, e metástase no cérebro, tratada cirurgicamente – inicialmente também com êxito.
O que nós aprendemos com Maria é que, a parte de toda sua fama, ela foi uma mulher fiel a Jesus Cristo seu Senhor, reconhecendo que ela mesma precisava de salvação. Isso não é diferente para você. Se Maria, sendo quem foi, precisava de salvação, isso não é diferente para você.
Gente, porque a vida é minha. Ninguém paga as minhas contas, ninguém cuida dos meus problemas. quando eu deito na cama, ninguém sabe o que que eu tô vivendo, o que eu tô sentindo amar. Você é muito bem resolvido, não sou eu.
Em 2019, ela descobriu um câncer no pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia. Sofreu metástase no cérebro, tratada em cirurgia, também com êxito inicialmente. Em 2022, começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais, mas que deixou de fazer efeito nos últimos dias de vida.
Vaidosa, Gloria Maria, que morreu nesta quinta-feira, dia 2 , tinha rituais próprios de beleza. Sejam chás adquiridos ao longo das visitas nos mais de 160 países que pisou, rotina de exercícios, ou os cremes inseparáveis. E fazia graça mesmo quando dizia que a alimentação era complementada com as pílulas vitamínicas.
Apresentou o programa “Fantástico” da Rede Globo de 1998 a 2007, período em que viajou para mais de 100 países. Em 2010, passou a fazer parte da equipe do “Globo Repórter”. Viagens faziam parte também de seus projetos pessoais. No fim dos anos 2000, Glória Maria trabalhou como voluntária na Índia e na Nigéria.
"Virgínia Quaresma não só dividia o espaço no escritório da redação, mas - ainda mais revolucionário para a época - andava pela cidade atrás de fontes e entrevistas. Isso era novidade no jornalismo e quase impensável para as mulheres."
Qual o valor do patrimônio de Glória Maria? Segundo informações do colunista Alessandro Lo-Bianco, do programa “A Tarde É Suas”, Glória Maria deixou uma fortuna estimada em R$ 50 milhões, que será dividida entre as filhas Maria e Laura.
Começou sua vida profissional como telefonista na extinta TELERJ. Graduada em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), na década de 1960 foi princesa do bloco carnavalesco Cacique de Ramos.
Quem ficou com a tutela das filhas de Glória Maria?
A artista deixou duas filhas, Maria Matta e Laura Matta, que eram seus xodós. As duas agora são criadas com a tutela de Bruno Astuto e Paulo Mesquita, que ficaram encarregados de cuidarem da trajetória das duas até a vida adulta.
Na última quinta-feira, dia 2, morreu a jornalista Glória Maria, aos 73 anos. A comunicadora, que participou de programas da TV Globo, como Fantástico e Globo Repórter com reportagens marcantes, faleceu em decorrência de um câncer que se espalhou pelo corpo.
Em 3 de julho de 1951, um ano depois do "revoltante incidente" no Hotel Esplanada, o texto aprovado ganhou a assinatura do presidente Getúlio Vargas e entrou em vigor com o apelido de Lei Afonso Arinos. Quase 20 depois, a jornalista Glória Maria foi a primeira a usar a Lei Afonso Arinos.
A Lei Afonso Arinos prevê penas de reclusão de um a cinco anos e multa para os condenados por práticas racistas. Além disso, ela estabelece que o crime de racismo é inafiançável e imprescritível, ou seja, não pode ser objeto de fiança nem perde a validade com o passar do tempo.