“Barbie destaca que sem autocuidado e equilíbrio emocional, dificilmente se consegue enfrentar as adversidades da vida, uma vez que o reconhecimento das emoções e das imperfeições, leva ao aprendizado em lidar com elas.
Os resultados indicaram que o filme aborda o brinquedo como algo que não pode ser manipulado pela criança, que os padrões de beleza que a boneca representa são incompatíveis com o corpo humano provocando problemas de saúde física e mental para aqueles que usam a boneca como modelo.
Olhar para os próprios erros, mudar a rota, confiar nas parcerias… A marca que protagonizou a maior bilheteria do cinema de 2023 tem muito a ensinar. Barbie tem muito a ensinar a executivos de todas as áreas.
Se permitir sentir, romper com a dependência emocional, desafiar os padrões de beleza irreais e evitar a armadilha da felicidade tóxica são aspectos cruciais que podemos aprender com essa produção.
Arrecadando quase US$ 1,5 bilhão, o longa dirigido por Greta Gerwig e protagonizado por Margot Robbie buscou oferecer uma retratação divertida da popular boneca ao mesmo tempo em que não deixa de abordar questões sociais, especialmente o machismo na sociedade contemporânea — e o equilíbrio proposto pelo feminismo.
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Qual sentido do filme Barbie?
Com uma Barbie um tanto ingênua descobrindo como é a dura realidade de uma sociedade patriarcal, o longa retrata as dificuldades que as mulheres enfrentam para ocuparem os espaços profissionais, o esgotamento de ser uma mulher na liderança em ambientes machistas, a síndrome da impostora e a pressão por uma perfeição ...
Ter todo mundo vendo a Barbie ir ao ginecologista normaliza a experiência. Ela solidifica o entendimento de que a saúde reprodutiva é parte da saúde geral.
O filme retrata uma realidade paralela onde mulheres são dominantes, porém, mesmo assim, o filme ainda se mantém dentro dos moldes machistas. Apesar de ainda apresentar componentes muito machistas, na época em que foi lançado, o filme causou incômodo em muitos homens.
O filme não apenas honra o legado da Barbie, mas também ressalta a importância de representatividade e diversidade na mídia. Assim como a Barbie sempre se esforçou para se adaptar aos tempos modernos, o filme busca refletir a diversidade e a inclusão da sociedade atual.
O filme acompanha um mundo repleto de bonecas Barbie e bonecos Ken, com as versões principais interpretadas por Margot Robbie (Aves de Rapina, O Lobo de Wall Street) e Ryan Gosling (Blade Runner 2049).
Temas apontados no filme ressaltam a máxima de que a autenticidade e a autoaceitação servem para apontar que todos somos únicos e temos urgência em identificar nossa singularidade, assim como respeito por nós mesmos e pelos outros, a fim de cultivar um ambiente harmônico e inclusivo.
Lançamentos dessa magnitude fazem com que todo mundo queira participar. Tem casa da Barbie no AirBnB, sapatos e bolsas da Aldo, Crocs, roupas da GAP, além de uma enorme quantidade de produtos como maquiagens, esmaltes, bebidas não alcoólicas – além de tudo aquilo que será lançado pela Mattel.
O filme de 2023 apresenta dois mundos ao telespectador: a Barbielândia, um lugar de protagonismo majoritariamente feminino, onde as Barbies, Kens e outros personagens criados pela Mattel convivem em harmonia; e o mundo real, onde a desigualdade de gênero ainda é uma realidade e elas são apenas bonecas.
Nos filmes da Barbie, a boneca não se concentra apenas em atingir suas próprias metas, mas também em agregar valor e melhorar a vida das pessoas ao seu redor. Em vendas, o foco principal deve ser o cliente e proporcionar uma experiência satisfatória para ele.
2. Crítica ao patriarcado. Chegamos à principal críticado filme da Barbie: o patriarcado. O enredo do longa foca especialmente em mostrar como o Mundo Real — ao contrário da Barbielândia — é machista, misógino e agressivo com as mulheres.
"Barbie" é, na verdade, uma grande sátira sobre os papéis de gênero no mundo - com algum espaço para uma crise existencial sobre a superficialidade. O filme se passa na BarbieLand, um mundo paralelo onde vivem as bonecas e os bonecos Ken.
A Barbie cumpre um papel educativo. Envolta em um mundo de beleza, riqueza e aventura, que supostamente valoriza a diversidade e as diferenças, Barbie está imersa em uma pedagogia cultural, com o intuito de ensinar a supremacia de um tipo de corpo, raça e comportamento, além da produção de subjetividades infantis.
Ao contrário da visão superficial frequentemente associada à boneca, o filme lança um olhar crítico sobre os construtos de gênero, expondo as dicotomias de uma sociedade patriarcal representada pelo mundo real e uma sociedade matriarcal retratada pelo mundo da Barbie.
Filme é proibido no Vietnã Por causa dessas pequenas linhas em um mapa, o filme da Barbie não teve aprovação no Sudeste Asiático, começando pelo Vietnã. Esse país tomou uma decisão radical: no início de julho, anunciou que o filme seria banido dos cinemas.
Fato é que o filme tem incomodado uma parcela dos homens, e isso acontece porque no mundo fictício da Barbie as coisas são opostas ao que acontece na sociedade real. As mulheres, ou melhor as Barbies, comandam tudo.
Por que crianças não podem assistir o filme da Barbie?
Mais de uma vez, o filme apresenta diálogos sugestivos de conotação sexual. Por exemplo, quando a Barbie vai para o mundo real e começa a se sentir desejada pelos homens. Assim, ao conversar com trabalhadores de uma construção, ela diz que ela e o Ken não possuíam órgãos genitais.
Com um texto perspicaz, divertido e inteligente, Margot comentou qual a mensagem mais importante que esse filme aborda. "Acho que a mensagem principal é que você é o suficiente, você já está fazendo o seu melhor, fazendo o que você pode fazer. Eu acho que eu também precisava ouvir isso e é algo muito importante".
Segundo ela, a boneca não tem um final feliz, já que é uma ideia, não uma pessoa em carne e osso. Após uma conversa emocionante com sua criadora, Barbie decide se tornar humana, para "deixar de ser uma ideia, e sim para começar a criá-las".
Barbie é um filme que mistura atores de carne e osso com cenários que remetem ao mundo de fantasia da boneca. São montagens que usam e abusam de elementos quase em “2D”, em que a profundidade de campo dá lugar a elementos super coloridos.