A Defesa Civil de Maceió informou nesta sexta-feira (8) que, nas últimas 24 horas, o solo na área onde fica localizada a mina 18 da Braskem, no bairro Mutange, afundou 5,7 centímetros. Segundo o órgão, o afundamento total na área com risco de colapso já acumula 2,06 metros. O estado de alerta permanece em vigor.
O afundamento em Maceió do solo de uma mina de exploração de sal-gema da Braskem atingiu mais de 2 metros de profundidade, segundo informou a Defesa Civil na noite dessa 5ª feira (7. dez. 2023). A última medição do órgão mostrou que a velocidade da movimentação da terra é de 0,21 cm por hora.
A cratera aberta após o colapso da mina da Braskem tem 78 metros de comprimento, 46 metros de largura e 10 metros de profundidade, segundo a Defesa Civil de Maceió. A cavidade comporta 35.880 m³ de água, o mesmo volume de 11,4 piscinas olímpicas.
Uma análise feita por meio de uma sonda introduzida no interior da mina 20/21, localizada inteiramente sob a Lagoa Mundaú, apontou que ela está a 723,78 metros abaixo da superfície, com 121 metros de altura por 96 metros de largura e volume de 340,297 m³, quase dez vezes maior que a cratera aberta na mina 18.
Maceió: Imagens aéreas mostram avanço de afundamento do solo de mina da Braskem
Tem risco de Maceió afundar?
A cidade de Maceió, em Alagoas, está afundando. A causa é o colapso de uma mina de extração de sal-gema da mineradora Braskem no bairro do Mutange, que tem gerado riscos sem precedentes à população.
A Defesa Civil de Maceió, em Alagoas, afirmou que o ritmo de afundamento do solo da mina 18 da Braskem dobrou de velocidade nas últimas 24 horas. A mina fica no bairro de Mutange e o rebaixamento do terreno já chega a 2,24 metros.
Um relatório da Defesa Civil de Maceió aponta que a cratera aberta sob a lagoa Mundaú após o colapso da mina 18 possui 78 metros de comprimento, 46 metros de largura e 7 metros de profundidade —grosso modo, o correspondente a cerca de metade da área de um campo de futebol oficial e quase dez vezes o volume de uma ...
Neste dezembro de 2023, uma tragédia anunciada entrou para a história dos desastres socioambientais do Brasil e colocou a cidade de Maceió, capital de Alagoas, no centro do maior crime ambiental em solo urbano do País — e a maior tragédia urbana do mundo.
O rompimento da mina da Braskem no bairro do Mutange, em Maceió, pode impactar a lagoa Mundaú, principal fonte de renda para pescadores e catadores de sururu. A velocidade da movimentação de terra oscila constantemente e o possível colapso pode abrir uma cratera no local.
São Paulo — O crescimento de uma cratera tem tumultuado a vida do moradores da pacata cidade de Lupércio, a cerca de 100 quilômetros de Bauru, no interior de São Paulo.
O desabamento da mina pode ocasionar a formação de grandes crateras na região, além de provocar um efeito cascata em outras minas. O prefeito JHC atribui à Braskem a responsabilidade pela situação. “A empresa Braskem começou a operar em Maceió na década de 1970.
O solo na região da Lagoa Mundaú está cedendo por causa da mineração de sal-gema (usado na produção de produtos como plástico e soda cáustica). Em 2019, após o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmar que a atividade havia provocado instabilidade no solo, a Braskem anunciou o fechamento das minas.
Por que Maceió está afundando? O problema ocorre pela longa exploração de sal-gema na região, combinada com a localização das minas em uma área de falha geológica. A extração desse minério gera pontos de fragilidade no subsolo, que começa a ceder.
Profundidade do solo já chegava a 2,35 m na manhã de domingo (10). Antes de parte da mina 18 da Braskem, em Maceió (AL) , romper no domingo (10), o afundamento da superfície no local tinha atingido 2,35 metros de profundidade desde o dia 30 de novembro, quando a medição passou a ser feita.
O solo da Mina 18 da petroquímica Braskem, no bairro do Mutange, em Maceió, já afundou mais de 2 metros (m) desde o último dia 29, quando a Defesa Civil municipal emitiu um alerta, apontando o “risco iminente de colapso” da estrutura, e recomendou o bloqueio do acesso de pessoas à região.
A Defesa Civil de Maceió informou nesta sexta-feira (8) que, nas últimas 24 horas, o solo na área onde fica localizada a mina 18 da Braskem, no bairro Mutange, afundou 5,7 centímetros. Segundo o órgão, o afundamento total na área com risco de colapso já acumula 2,06 metros. O estado de alerta permanece em vigor.
Desde 2019, a atividade está parada. Durante mais de 40 anos, as 35 minas retiraram de profundidades - que chegavam a até 1.200 metros - a matéria-prima usada na produção de cloro, soda e pvc.
Já o Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) contabiliza 13 mortes por suicídio após o afundamento do solo. Tudo isso acontecia enquanto a Braskem patrocinava o programa Big Brother Brasil 23 e pagava celebridades da TV e influenciadores das redes sociais para difundirem ações de “marketing verde”.
Diferentemente do sal de cozinha comum, extraído do sal marinho, o sal-gema é utilizado para a produção de soda cáustica e é fonte de cloro para produzir tubos de PVC.
Esse problema já vinha sendo anunciado desde a década de 1970, quando a Braskem iniciou a extração de sal-gema em Maceió. Desde 2018 ocorrem tremores, o afundamento do solo se tornou evidente e há rachaduras nas casas. Então, sabia-se desse risco, mas muitas pessoas não foram retiradas.