As roupas típicas masculinas são calça branca, camisa florida, toalha no ombro, chapéu de palha enfeitado com murta (planta retirada das matas do Quilombo do Curiaú, de cheiro agradável), enquanto as mulheres usam saias floridas e rodadas, blusas de renda, anágua, flores no cabelo e também uma toalha no ombro.
Os trajes das cirandeiras, como as saias rodadas, também são significativas da cultura no quilombo. Vestido de saia rodada, colorida, com babados em estilo Andaluz, colares e brincos dourados e maquiagem é como as mulheres ciganas, as calins, gostam de se vestir, explica a artesã Cristiane Cavalcante Viana.
Quilombolas usavam com frequência armas e armadilhas aprendidas com os indígenas para defender o quilombo da repressão praticada pelos colonos. O Brasil possui 5.972 localidades quilombolas divididas em 1.672 municípios brasileiros, segundo o IBGE.
As vestimentas usadas no filme "Quilombo" são inspiradas nas roupas tradicionais africanas e brasileiras. Homens: Os homens geralmente usam calças compridas, camisas de mangas longas ou curtas e chapéus.
No calor dos engenhos, o uso da camisa de baeta ou algodão, tecido muitas vezes fiado em casa, era constante. O chapéu de palha contra o sol, uma obrigação para homens e mulheres: “As negras usam, na rua ou no campo, um chapéu preto para se proteger do sol”.
Roupas para escravizados iniciaram produção de vestuário em série no Brasil. Pensar em moda do século 19 remete a vestidos bufantes, com camadas e mais camadas de tecido em cortes complexos inspirados em modelagens francesas. Para os homens, paletós longos e camisas com golas expressivas.
A vestimenta das mulheres africanas baseia-se, em grande parte, em panos ou cangas que enrolam no corpo como vestidos, cangas, capulanas, etc. São belos tecidos cuja padronagem e acabamentos são reconhecidos mundialmente.
O povo do quilombo é um povo alegre, que gosta de música e de dança. O canto está sempre presente em seu cotidiano e nas festas. Entre os quilombolas há um grande número de cantores e compositores, que relatam em suas músicas a vida, a luta e a esperança de seu povo.
Nascido do trabalho dos negros que buscavam a liberdade fugindo das senzalas, o artesanato quilombola se destaca pelo uso de vários recursos naturais para a confecção de objetos e instrumentos de trabalho. Alguns desses materiais são a madeira, a taquara, a palha de milho, a fibra de bananeira, a canela e a piaçava.
O cultivo de mandioca, milho, feijão e arroz compõe a base alimentar dessas comunidades quilombolas desde o período colonial. A partir desta cultura alimentar, estruturaram-se modos de fazer o plantio, de colheita e de troca que se tornaram tradicionais dentro da comunidade.
adjectivo de dois géneros. 3. [Brasil] Que é relativo ou pertencente aos descendentes das comunidades formadas nos quilombos que, por meio da tradição oral e da memória colectiva , mantiveram vivo o património cultural de matriz africana (ex.: educação escolar quilombola; líder quilombola).
Os quilombos eram comunidades formadas por africanos escravizados e seus descendentes. Essas comunidades eram formadas por escravos que fugiam da escravidão, sendo um local onde viviam em liberdade e resistiam à escravidão.
Os quilombolas ou comunidades quilombolas são grupos étnico-raciais que têm relações territoriais especiais com uma determinada região e, além disso, possuem trajetória histórica própria baseada na ancestralidade negra, na resistência à opressão e no senso de identidade coletiva.
Nas comunidades quilombolas, hoje, existem três religiões predominantes: o catolicismo, o candomblé e o evangelismo. Algumas possuem apenas uma religião, porém, o mais comum é que, numa mesma comunidade, predominem duas ou três religiões diferentes.
As casas nos quilombos eram cobertas com folhas de palmeiras e erguidas com material tirado da própria natureza. Os portugueses fizeram de tudo para destruir Palmares. Fizeram um pacto de paz com Ganga-Zumba, rei de Palmares, mas era só fachada.
Quando pensamos em quilombo no Brasil vem à nossa mente o famoso Quilombo dos Palmares, sediado no Nordeste e que contemplou uma rede de 12 quilombos, chegando a contar com mais de 20 mil pessoas.
É considerada quilombola aquela pessoa que se autodetermina pertencente a esse grupo. A autoatribuição da identidade quilombola é um processo de reflexão da pessoa que pertence a um grupo historicamente constituído e que reivindica sua identidade como membro desse grupo.
Em geral, música, dança e festas de várias influências, inclusive negras, são realizadas entre esse povo. Uma das danças e músicas tradicionais é o lundu, chamado também de "lundum", que foi introduzido no Brasil por meio de africanos trazidos de Angola e do Congo.
Assim, as danças, fandango caiçara e samba de roda, foram determinantes na escolha dos quilombos. Outro critério utilizado é que as lideranças quilombolas, Angélica Maria Ferreira de Souza, em Buri, na Bahia, e Ilton Gonçalves da Silva, em Batuva, no Paraná, são professores/educadores.
Ainda hoje existem comunidades quilombolas que resistem à urbanização e tentam manter seu modo de vida simples e em contanto com a natureza, vivendo, porém, muitas vezes em condições precárias devido à falta de recursos naturais e à difícil integração à vida urbana e não tribal.
Existem vários estilos de trajes usados na África. Túnicas, turbantes, tecidos floridos e coloridos, chapéus, lenços e véus, fazem parte do vestuário. Alguns grupos são nômades, usam pinturas corporais e contas nos cabelos.
Qual o significado das cores das roupas africanas?
O amarelo ocre, cor da terra e da luz, neutra e intermediária, representa a intuição; o vermelho, cor do sangue, da vida, da paixão representa o sentimento; e o preto, cor das provas, do sofrimento, do mistério representa o tempo e a existência.
Dizem que cada cor simboliza um aspecto da cultura africana. Tingimento é uma das técnicas africanas criada pelos Tuaregs, uma tribo do norte da África. Os tecidos feitos por esse processo simboliza a fertilidade.